É verdade que a depressão pode gerar sintomas físicos?
- Gibran Numeh
- 15 de ago. de 2023
- 2 min de leitura

A depressão, ou Transtorno Depressivo Maior, é um transtorno de humor que infelizmente vem se tornando cada vez mais comum entre a população mundial, provocando sintomas não só comportamentais, mas também físicos que normalmente persistem por um longo período.
Aliás, é justamente a constância dessas mudanças que diferencia a doença de uma tristeza mais passageira, sendo essencial que os pacientes sejam corretamente diagnosticados para que iniciem o tratamento o quanto antes com profissionais especializados.
Neste artigo, vamos entender melhor quais são os sinais de alerta que é importante acompanhar de perto.
Quais são os principais sintomas que a depressão pode causar?
Humor triste e/ou ansioso, sensação de um “vazio” persistente, irritabilidade, perda de interesse por atividades que antes despertavam prazer e sentimentos de desesperança, luto, culpa, inutilidade ou desamparo são alguns dos indícios de que uma pessoa está em um estado depressivo e precisa de ajuda.
O que poucas pessoas sabem é que a depressão também pode gerar sintomas físicos, entre eles:
- Fadiga e diminuição da energia para realizar atividades cotidianas;
- Mover-se ou falar mais devagar;
- Sentir-se inquieto(a) ou ter problemas para ficar sentado(a);
- Dificuldade para dormir e/ou para despertar de manhã;
- Falta de apetite ou gula excessiva, gerando alterações de peso;
- Dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos que não apresentam uma causa física clara e/ou que não aliviam após um tratamento médico.
Aqui, vale pontuar que nem todos os indivíduos que estão lutando contra essa doença apresentam sinais claros – inclusive, alguns podem até esconder o que estão sentindo por não desejarem preocupar familiares e amigos.
Portanto, é muito importante estar sempre acompanhando de perto o comportamento de pessoas queridas, principalmente se elas estão agindo diferente do normal nos últimos tempos.

Existe tratamento para a depressão?
Mesmo nos casos mais graves, essa é uma condição que pode ser, sim, tratada. Aliás, quanto mais cedo a intervenção especializada começar, mais eficaz ela será, devolvendo a qualidade de vida do paciente em questão.
O primeiro passo é buscar um médico psiquiatra, que realizará uma avaliação diagnóstica completa, incluindo uma entrevista e, em alguns casos, exames de sangue para garantir que a depressão não esteja sendo causada por uma condição médica, como um problema de tireoide. O profissional também irá avaliar o histórico familiar e fatores culturais e ambientais que possam influenciar no aparecimento dessa doença.
Uma vez que seja feito o diagnóstico correto, o caminho mais comum é a pessoa precisar de alguns medicamentos (que podem ser suspendidos futuramente, dependendo da evolução) em paralelo com sessões de psicoterapia, visando reestabelecer o equilíbrio físico e mental.
Por fim, vale pontuar que a depressão nunca afeta os indivíduos da mesma forma, o que significa que não existe uma “receita de bolo” para combatê-la. Assim, podem ser necessários alguns testes até que se encontre o tratamento que melhor funciona para cada caso.
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